O ataque mendaz à credibilidade da Lava Jato e dos investigadores tem um propósito, diz o procurador Deltan Dallagnol, que coordena a força-tarefa da Lava Jato. “Prepara-se o terreno para, em evidente desvio de finalidade, aprovar projetos de abuso de autoridade, de obstáculos à colaboração premiada, de alterações na leniência e de anistia ao caixa dois”, alerta.
Ele afirma que se forem aprovados projetos como os mencionados, o Brasil seguirá o caminho da Itália, que lutou contra a corrupção, mas perdeu. O procurador se refere ao caso da Operação Mãos Limpas, uma investigação judicial de grande envergadura na Itália, que visava esclarecer casos de corrupção durante a década de 1990 (no período de 1992 a 1996) na sequência do escândalo do Banco Ambrosiano em 1982.
Mãos Limpas foi coordenada pelo procurador da república Antonio Di Pietro e pelo juiz Giovanni Falcone, morto em atentado pelo crime organizado, em 1992. Muitos políticos e industriais cometeram suicídio quando os seus crimes foram descobertos, enquanto outros se tornaram foragidos, dentro e fora do país. A operação investigou seis ex-premiês, mais de 500 parlamentares e milhares de outros agentes. Os principais partidos da época acabaram ou foram profundamente modificados por ela. Infelizmente, porém, com o enfraquecimento da pressão da opinião pública, manobras foram feitas e apenas cerca de um quarto dos investigados acabaram punidos.
O Brasil, porém, pode seguir os passos de Hong Kong, nos anos 1960 considerado o lugar mais corrupto do mundo,mas que venceu o problema, explica Dallagnol. “Após um grande escândalo na década seguinte, realizaram-se reformas e, hoje, é o 18º país mais honesto no ranking da Transparência Internacional (o Brasil está na 76ª posição)”, acrescenta.
A ilha asiática é vista como um exemplo de “experiência bem sucedida” no combate à corrupção. Sua crise aconteceu no início da década de 1970, quando investigações apontaram para a existência de um esquema de corrupção envolvendo o superintendente da polícia no país.
Em 1974, surgiu a Independent Comission Against Corruption (Comissão Independente contra a Corrupção), cuja experiência é enaltecida como exitosa. Em poucos anos, multiplicou-se o processamento dos casos de corrupção. “O mais importante é que se estabeleceu um laço de admiração e confiança com a sociedade local”, diz Luciano Vaz Ferreira, professor da Universidade Federal de Rio Grande (Furg) e pesquisador de corrupção internacional.
Dallagnol reforça ainda que a corrupção tem alto custo ao país e que é preciso fechar as brechas por onde escapam os ladrões e o dinheiro público.
1º de novembro de 2016
Essa corrupção parece uma máfia para corromper. Deveria sert ratada como tal.
Essa corrupção parece uma máfia para corromper. Deveria ser tratada como tal.
Espero e creio em Deus e sua proteção sobre os dignos integrantes da lava jato até a Vitória final. Sucesso…..
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